terça-feira, 24 de agosto de 2010

Palavra do Dia

Marel

Há vários anos, um reputado sociólogo contou-me a seguinte estória.

Dez jovens casais, completamente desmotivados e deprimidos com a maldade do mundo, resolveram viver numa ilha deserta. Largaram a embarcação e ficaram isolados.

O novo lar, acolhedor, dava-lhes o que necessitavam para o dia-a-dia.

Viveram no paraíso, sem discussões, sem traições, sem mentiras. A amizade, o amor, a cumplicidade e a alegria preenchiam cada segundo.

Os anos passaram e deixaram de pensar na vida que tinha ficado para trás. A escolha tinha sido a mais acertada.

A determinado momento, perceberam, no entanto, que a mulher mais nova tinha 60 anos.

A feliz comunidade não teria continuidade!

Nenhum dos homens era “marel”, ou seja, reprodutor.

Palavra que tem a ver sobretudo com cavalos, podemos dar azo à imaginação e alargar os horizontes. Muitos machos são padreadores. Nem as doenças sexualmente transmissíveis os param. Espalham semente de modo quase doentio e dizem, com ar fingidamente indignado, que têm critérios. Apenas um: que seja fêmea. No meio de tudo isto, ainda têm sorte: os seus espermatozóides são atrasados mentais e não conseguem chegar a lado nenhum.

E as mulheres que passam pelas suas mãos?

82 comentários:

Ponto de Interrogação disse...

Grande Vírgula! Ainda bem que não te despedi :-)

A-DO-REI!!!

Obrigada por fazeres deste um espaço tão rico e sagrado!

Abraço terno e grato!

Bartolomeu disse...

Volto a ficar confuso... mazentão... os "padreadores" são padeiros, oleiros, ou cobridores compulsivos?
As mulheres que lhes passam pelas mãos???
Era mesmo "mãos" que querias escrever?

Vírgula disse...

Oh, miúda, nós já sabíamos que, para nós, seria rico e sagrado.

E é isso que interessa.

Ele não existiria senão fosses tu.

E, prontes, acabou-se a troca de galhardetes.

Obrigada também.

Abraço ingalinho!

Vírgula disse...

Cobridores compulsivos, B. Isto no caso do homem.

Não são propriamente "mãos" a que me refiro. Mas na sou desabrida como tue.

:))))

Bartolomeu disse...

Ah prontes...!
Sendassim... és desafechada,(apertadinha) calculo!

Vírgula disse...

Vossemessê "calcula" muito.

Acabei de ler o teu comentário no Murcon e tenho vontade de te bater.

Mas, prontes (tamém), a minha tolerância faz-me julgar que uma coisa é o que tu dizes e outra, a que pensas.

Bartolomeu disse...

Então porquê Virgulinha?

Vírgula disse...

Digo-te, pela enésima vez, que tens um humor fantástico.

Mas brincares com alguns dos textos do Prof., sérios e carregados de sentimentos?

Fico entre o zangada e o desasada.

Ok. Não tenho nada a ver com isso.

Desculpa!

Bartolomeu disse...

vá Virgulinha, não fiques assim.
Lembras-te do sucesso do Herman José?
Foi devido ao tipo de humor que ele apresentava. Era um humor cáustico, atrevido, mas inteligente. Esse tipo de humor causa desconforto nas pessoas, sobretudo se forem os visados, causa até algum pavor. Por exemplo, a morte. É algo que todos temos presente, mas, se chega um artolas que consegue desnuda-la e mostra-la, as pessoas sentem-se desconfortáveis, sentem pânico até, mas não combatem os medos que têm dentro, ao contrário... combatem o autor do desnude.
O professor, no meu entender, é habitado interirormente por diversos medos, e eu, parvinho como sou, mostro-lhe (ou tento mostrar-lhe) que os medos devem ser combatidos, para não nos reduzirmos a ser seus prisioneiros.
Isto, evidentemente até ao dia em que me voltar para mim próprio e me disser: olha lá oh Bartolomeu, mas que rio de caminhos é que andas a percorrer?
Ou então até ao dia em que ele, ou tu, ou todos os outros onde exerço a minha função anárquica, me disserem: olha lá oh pázinho, já não tenho pachorra para te aturar.
Nessa altura, acaba-se o Bartolomeu. Afinal, tudo tem um fim, né?
;)

Ponto de Interrogação disse...

Excelente resposta Bartolomeu! Gostei, sim senhor! :-)

Jitos e abracitos!

Vírgula disse...

Hum... Bolas!

Só agora consegui integrar essa tua faceta anárquica porque foi muito bem explicada. Postura gira e invulgar, sim senhor. Pois, só corres o risco de te interpretarem mal. O que, espero eu, já não acontecerá comigo.

Olha lá, oh pázinho, tenho pachorra para te aturar. Mais, gosto de o fazer..

Muita coisa tem um fim. Tudo? Não sei, não.

Bartolomeu disse...

Bom... também não tinha tido ainda a oportunidade de me explicar...
Geralmente as pessoas reagem segundo padrões préviamente establecidos. O que quer dizer que, quando lhes aparece alguem pela frente, que não se expressa utilizando as formas convencionais, desencadeia-se automáticamente o "sistema de auto-protecção".
Este "sistema" é a meu ver inibidor e limitativo.
Mas na verdade o que eu não sei, é compatibilizar com a ortodoxia, é andar somente entre carris.
Sou por auto-definição uma espécie de marginal que busca incessantemente encontrar a lógica da observação cega da marginação.
Recordo-me desde criança interrogar constantemente... mas porquê?
Não perdi esse habito que a partir de uma certa idade, se transforma em defeito, porque aqueles que nos julgam, determinam que a idade de querer entender acaba aí pelos 10 anos de idade. Resultado, vamos passar o resto da vida sem perceber a maior parte daquilo que temos que fingir entender para que socialmente possamos ser considerados... normais.
Esquecem-se que o período mais rico das suas vidas, foi precisamente aquele em que perguntavam tudo, por vezes, repetidamente.
Eu quero ser anormal a vida toda, ou seja inquiridor...
;)))

Ponto de Interrogação disse...

:-) Grande resposta! - outra vez!

Diria apenas só mais uma coisa. É que, quando alguns de nós, deixam de se interrogar sobre o porquê, passamos a perguntar-nos sobre o para quê... :-)

Bartolomeu disse...

Dizia um daqueles sábios orientais, que toda a gente cita (eu, inclusivé) e ninguem tem a certeza se esta a citar algo que o sábio, do qual ninguem conhece ao certo a medida da sua sabedoria, tenha realmente dito, escrito, ou pensado, o seguinte:
Nenhum homem sabe quem é, de onde vem e para onde vai.
Mesmo não sabendo se o sábio era sábio, muito sábio ou pouco sábio e se disse, pensou ou escreveu esta dedução, somos incapazes de a contradizer.
;)))
Aquilo que sabemos, com alguma margem de certeza, é que estamos num determinado ponto do universo. Garantia que nos foi dada por um "artista" que certa vez pensou, a partir desse acto, passou a considerar a sua existência como um acto incontestável.
Nesse tempo ainda ninguem tinha pensado o computador... penso eu.
;))))

Vírgula disse...

Por ordem:

Eu acho que já tinhas tido essa oportunidade - digo eu. Mas provavelmente não te apeteceu...

Sim. Se não conhecermos as motivações de quem o faz, penso que a pessoa se pode sentir agredida, por exemplo, e reagir da pior forma. No entanto, considero vital que haja alguém na vida de todo o alguém que o obrigue a questionar, a pensar, a reflectir, a crescer. Mas tudo isto depende do conteúdo e da forma da mensagem por parte do emissor e da capacidade de encaixe do receptor.

Sim, a esmagadora maioria das pessoas cai na alegada segurança da rotina e no socialmente correcto. Acabou-se como gente.

Ainda bem que te mantens na idade dos porquês.

Sempre bem-vindo ao Reticências...

Bartolomeu disse...

A reacção mais vulgar nas pessoas, é sentirem-se inseguras perante aquilo que desconhecem. Em muitas situações porque a sua auto-confiança não está treinada, está inclusivé atrofiada, porque desde que se conhecem, foram impedidas de a desenvolver.
ao longo da vida, alguns conseguem desenvolver-se nesse campo, conseguem compreender que só podem ser agredidos se forem premeáveis a certos conceitos, e (ou) preconceitos.
Falta-nos entender o valor intrínseco da tolerância, que em minha opinião, é aquele que verdadeiramente fortalece a nossa auto-determinação, aquela "coisa" que o Adão adquiriu, quando violou as ordens divinas... não toques nos frutos dessa àrvore! Veio a Eva e disse-lhe... oh tony... qual é a tua, man? vais dar uma de menino bem comportadinho, é? Ouve chavalo, não curto bétinhos que só fazem aquilo que lhes mandam, portanto vê lá se trincas a maçãzinha e é se queres provar outro tipo de fruta... ou então a humanidade não chega a existir!
Ha argumentos incontornáveis...
;)))))))

Vírgula disse...

Bart,

Estás... imparável. Esta 'conversa' é riquíssima e li-a com muita atenção e assombro.

Um apontamento final sobre a tua estória. Mulher muito mais inteligente do que a maioria dos homens.

Bartolomeu disse...

Quanto à superioridade da inteligência feminina... nada a contrapor!
Basta verificar que no início recebem joias de presente e no final, conseguem ficar com a casa o carro, a conta bancária e a pensão... eles... os espertinhos... resta-lhes um par de cornos para se entreterem a dar lustro.
Ha troféus de caça que saem caros...
;)))

Vírgula disse...

É lá!

Para mim, essas mulheres são cabras com inteligência saloia.

Já agora, gostava que houvesse uma estatística sobre o sexo que tem mais pares de cornos.

Além disso, meu caro, homem que considere uma mulher como troféu de caça merece a minha total falta de respeito e o desejo de que passe a vida a lamber os passeios...

Bartolomeu disse...

hehehehehe!!!
gostei da expressão!

Bartolomeu disse...

No entanto, minha amiga Virgulinha, a mulher não deixa até certa medida de constituír um troféu... também de caça...
Senão, remontemos aos primórdios... aliás, deixa-me primeiro lançar uma polémica... quero ver se consegues "desembrulhar" esta afirmação... O homem pratica sexo com a mulher, para manter a subsistência!
Hmmm?

Vírgula disse...

1º, Não vivo nos primórdios.

2º, Exijo que um homem se porte como
gente.

3ª "O homem pratica sexo com a
mulher, para manter a
subsistência!" Estás a falar da
continuidade da espécie?

Bartolomeu disse...

3º - Não!
Subsistência, alimento!

Vírgula disse...

Ah, claro, o chulo que faz sexo com uma das suas prostitutas, não?

Devo estar burra. Porque é que o homem faz sexo para manter a sua subsistência?

E os impotentes? Morrem à míngua?

Ponto de Interrogação disse...

Bem, desculpem meter-me na conversa mas, Bart, ou és um grandecíssimo provocador e resta saber porquê, ou um grandecíssimo filho da mãe o que me custa a acreditar...

Em que ficamos?

Vírgula disse...

Éta, miúda, calma.

O B já disse e explicou pq é provocador.

Tê-lo-ás afugentado?

Bartolomeu disse...

;)))))
Se não fosse considerado polígamo, declarava aqui, já e agora: AMO-VOS, miúdas!
Vocês são uns doces.
São inteligentes, dão luta enão se acoberdam atrás de tabus e de lugares comuns.
Bom, reconsiderando... vou correr o risco e declarar-me: AMO-VOS!
;)))))

Bartolomeu disse...

xiii tanta gralha!

Bartolomeu disse...

Bom, requando um caxito até ao comentário da Virgulinha... não tem nada a ver com xulice.
Queres fazer um esforçozinho?

Ponto de Interrogação disse...

Achas que alguma coisa afugenta o B.?

Passo a explicar: quando referi que faltava saber porque é que ele é tão provocador, é porque me interrogo se as mesmas prorrogativas que o B. coloca aos outros as impõe a ele próprio. Não deveríamos nós, a esse nível, preocupar-nos mais connosco e menos com os outros? É sempre mais fácil observarmos de fora... A introspecção é sempre um processo muito mais complicado, moroso e trabalhoso :-)

Vírgula disse...

'Tá bem, B, nós também te amamos. Mas lanças a discussão e depois bazas.

E as tuas respostas, pô?

Bartolomeu disse...

Interrogativazinha, também me auto-analiso e auto-critico, só não me auto-flagelo... deixo essa missão a cargo de terceiros!
;)))))))))))))

Vírgula disse...

Ó miúda, e quem te disse a ti que ele não fez já um ciclópico e excelente trabalho de introspecção?

Bartolomeu disse...

Viste Virgulinha, arranjaste uma forma meiga e eficaz de me atirares para o lixo.
Nessa matéria, vocês, mulheres, são infinitamente menos concentâneas que nós.
Mas adiante... relativamente à questão posta da subsistência... nenhuma das meninas chega lá?

Vírgula disse...

Para mim, o sexo é um acontecimento natural da fusão e amor entre duas pessoas. Permite uma intimidade vital para uma relação. Alimenta-a, alimentando os protagonistas.

Mas não é disto que estás a falar, pois não?

Bartolomeu disse...

Ehhhh... Não! Não é disso que estou a escrever, é de algo quase diâmetralmente oposto. Aliás, logo no início observei o seguinte "Senão, remontemos aos primórdios... "
Então?
Que me dizes?

Vírgula disse...

Ah! Faz sexo e come-a. Ou sexo=comer.

Olha lá, eu não te deitei para o lixo. Aiiiiii.........

"...também me auto-analiso e auto-critico..." Isto não é introspecção, caraças? És romeno?

Vírgula disse...

Tue bazaste e na dissestes nada, carago?

Olha, a figurinha de xxxxtúpidas...

Tchau. Mim, Jane, ir para outras paragens.

Ponto de Interrogação disse...

Hmmm... Estarás tu a dizer k o homem satisfazia a mulher para poder comer? Daí a questão da subsistência?
Assim uma espécie de toma lá dá cá?

Bartolomeu disse...

Não meninas, nada disso... muito mais à frente, muito mais sufisticado!
Vá, experimentem mudar a posição do funil...

Vírgula disse...

Bêêêêêêêêêêêêêêêêêêêê,

Já sei. Já sei!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

A coisa era tão má, tão má ca fêmea vomitava e o mastodonte aproveitava os restinhos...

Vírgula disse...

Sufesticação nos primórdios? Hum... Essa é boa. Nem matrevo a preguntar o qué o funil.

A Eva dava frutinha da boa e o Adão agradecia...

:( Não me parece.

Bartolomeu disse...

Isso não é ver um bocado o mundo a preto e branco, Vírgula?
Na, na, na... nada disso.
Se pensares um bocado mais, vais perceber a lógica...

Ponto de Interrogação disse...

Dependência do homem em relação à mulher?...

Bartolomeu disse...

hmmm... nooops.
subsistência, minha querida!
paproca... morfes... comes! comidinha, mesmo. comidinha para dar ao dente, para mastigar!
;)))
já estás a começar a ficar impaciente...
hmmm?
confessa...

Ponto de Interrogação disse...

Nhum tou nhão... Até tou a gostá munto deste exercício de reflexão... :-)

Vou ler tudo outra vez, pensar e já cá volto...

Bartolomeu disse...

ok!
E reflecte sobre o comentário da Vírgula, onde ela escreve:
«os impotentes? Morrem à míngua?»

Ponto de Interrogação disse...

Hmmm... Complicado... Estou a fazer uma associação com todos os animais. Machos dominantes. Os impotentes acabam por, de certa forma, ser discriminados e abandonados à sua sorte.

Os leões, por exemplo: são as leoas que caçam. As fêmeas têm muito mais poder. A forma que os machos têm de marcar a sua posição é acasalando com as fêmeas...

Acho que vou ter de pensar mais um bocado... ufa! :-)

Bartolomeu disse...

Ah é verdade!
Esqueci-me de te explicar, Vírgula, aquela cena do funil.
É simples, se tentares ver através de um funil, olhando do lado mais largo, vais ver somente um ponto reduzido, mas se voltares o funil ao contrário e olhares do lado mais estreito, vais puder ver uma imágem muitíssimo mais abrangente.
Ora experimenta lá. Vai lá à cozinha buscar aquele funil que utilizas para escoar o oleo das frituras... aquele que depois depositas no contentor para óleos que está à entrada do supermercado onde habitualmente te abasteces...
Xiça!!! que gajo tão xatinho!!!
;)))

Bartolomeu disse...

Ok.. então pensa lá...

Bartolomeu disse...

Ah... só mais uma dica: talvez ajude, se recorreres à antropologia...

Vírgula disse...

(Estive em reunião)

Ora bem. Podemos resumir?

O homem pratica sexo com a mulher também por questões de subsistência.

Para deslindarmos este assunto temos que pensar abrangentemente. (antrologia népias, B. não será antropofagia, não?)

Os impotentes morrem à míngua.

Falta mais algum dado, B?

Ponto de Interrogação disse...

Estamos a falar das sociedades de caçadores-recolectores?

Bartolomeu disse...

Não, não, Virgula, vamos lá colocar as coisas no devido lugar... o homem pratica sexo com a mulher EXCLUSIVAMENTE por uma questão de subsistência!
;))
E esta?

Bartolomeu disse...

Estar a chegar lé Pontinha!
É isso precisamente!

Ponto de Interrogação disse...

Hmmm. Tenho que ir ver o que é isso já que não sei ao certo. Ouvi falar desse conceito a propósito dos primatas. Pelo que sei assenta no princípio da recolha de tudo o que a natureza nos dá como forma de assegurar a nossa subsistência.

Relativamente ao sexo, não sei se percebo onde está a associação, mas tem a ver com a garantia de sobrevivência a nível social ou sociável? Daí 'os impotentes morrerem à míngua'? Todo este processo é, no fundo, uma enorme balança onde cada um destes factores tem de estar devidamente equilibrado para que, cada um, possa garantir a sua própria sobrevivência...

Será isto?

Bartolomeu disse...

Nem mais!
;)
Daqui se chega fácilmente ao conceito do funil..
;)
Ou seja... aquilo que hoje temos como inquestionávelmente aceite e que é defendido nos debates de sexologia e de psicologia, é forçoso que seja visto do lado do buraquinho mais fino, do funil.
;))

Ponto de Interrogação disse...

Mas então, B., há que convir que, com as alterações que temos observado na nossa sociedade, o homem tem passado de caçador a presa? Ou somos nós que vos facilitamos o trabalho?

Bartolomeu disse...

lololol
que grande simplificação Pontinha!!!
;))))

Ponto de Interrogação disse...

:-) Hum...

Vírgula da minha vida, cachas tu de tudo isto?

Bartolomeu disse...

Não sei se será assim tão linear...
na minha opinião, e não é à toa que actualmente tanto se debatem estes temas da interacção entre humanos, especialmente no campo da sexualidade, a questão tem a ver com a organização social e a "garantia" da subsistência, mesmo que o individuo se encontre num "limbo" social.
Ou seja, na sociedade mundial actual, a subsistência está garantida. Repara que até nas zonas geográficas onde se verifica escassêz de alimentos, organizações mundiais colocam quase diáriamente, bens de consumo alimentar, ao dispôr desses individuos.
Logo, qualquer cidadão de um país produtor, económicamente estável, deixa de se preocupar com a subsistência, consequentemente com a procriação.
E o que é que verificamos actualmente?
Que os níveis de natalidade nos países económicamente mais desenvolvidos, tendem a baixar, ao passo que´, nos países onde a fome é um inimigo que cresce de dimensão, os níveis de natalidade explodem.
As opiniões dos estudiosos da matéria, apontam como causa, a falta de meios contraceptivos.
Mas, a verdadeira causa è o instinto de sobrevivência, que obriga o homem a procriar, a criar descendência, para garantir que a renovação da espécie o alimente na altura em que ele se encontrar debilitado devido à idade, ou à doença.
A espiga, é que a humanidade ainda não entendeu essa face da questão... porque só olham pelo lado largo do funil...
;)))

Ponto de Interrogação disse...

Bela explicação! O mais curioso é que, no meio de tudo isto, somos os únicos animais que procuram, insistentemente, fugir ao 'ciclo da vida' e, assim, contribuir para o desequilíbrio da ordem natural das coisas.

Mas e onde entram aqui as emoções? Não é isso que também nos distingue enquanto seres humanos?

Bartolomeu disse...

As emoções, minha querida, não são mais que ratoeiras, ou seja... representam o queijo que se coloca na ratoeira.
Imagina um casal sem emoções... parece-te que o macho nesse casal iría saltar para a espinha à fêmia?
Ou que a fêmia estaria receptiva ao salto do macho? Ou até que se enfeitaria para seduzir outros machos?
Sim porque o facto de as fêmias criarem motivos que tendem a valorisar as suas formas anatómicas, tem como finalidade a sedução.
Neste ponto, aquilo que o macho da espécie humana ainda não entendeu, é que, quando a fêmia se "produz" não perde o sentido da selectividade.
;))))

Bartolomeu disse...

Ah... ficam avisadas!
Quero ser eu a escrever o comentário número 69.
Se não... peço já o livro de reclamações!

Ponto de Interrogação disse...

:-) Por mim, tudo bem, kê cá dispenso... :-)

Aguardemos pela Vírgula, kela deve estar atrapalhada com o trabalho...

Já agora gostava de saber o que ela tem a dizer disto tudo :-)

Bartolomeu disse...

eu também...

Vírgula disse...

Prometido!

Bolas, então não andei muito longe quando coloquei a hipótese da continuidade da espécie.

"qualquer cidadão de um país produtor, económicamente estável, deixa de se preocupar com a subsistência, consequentemente com a procriação"

Deixa de fazer sexo? Não. Então, não o faz para garantir a sua subsistência. Fá-lo porque...?

Outra pergunta, já de há tempos, a que não respondeste: fidelidade.

Responderás agora?

Bartolomeu disse...

Estávamos a dissertar sobre uma questão-base, Vírgula.
A fidelidade, que deriva de definição, conforme os pontos de vista e os interesses, é algo que foi criado tendenciosamente. Digo tendenciosamente porque serve um único fim; o de proteger a espécie, não tendo rigorosamente nada a ver com conceitos de afectividade, ou de observância de regras de conduta social, ou outro atrofio qualquer.
;)

Bartolomeu disse...

ora... aqui vai o sexagésimo nono comentário... alguem aceita formar sociedade comigo?

Ponto de Interrogação disse...

Ooooooohhhhhhhh! Eu pensava que esta tertúlia já era uma espécie de sociedade... :-) Reticência(s), S.A.

Hihihihihihi!!!

Bartolomeu disse...

então nomeamos a Vírgula, sócia honorária...
;)))

Ponto de Interrogação disse...

Nã, nã, nã, nã, nã... A Vírgula é mesmo a Presidenta! Honorária xim, mas Presidenta! :-)

Bartolomeu disse...

Pronto... seja!
Desde que não venha com a treta do outro, sempre a dizer o presidente não comenta, não cabe ao presidente falar sobre esse assunto, etc e tal...

Bartolomeu disse...

Bom... minhas queridas... para selar a criação desta sociedade, convido-as para uma sardinhada no Pátio Alfacinha
Alinham?
Bute, lá!

Bartolomeu disse...

Bom... minhas queridas... para selar a criação desta sociedade, convido-as para uma sardinhada no Pátio Alfacinha
Alinham?
Bute, lá!

Bartolomeu disse...

Calma!
É só uma sardinhada!
A menos que o blogger convide também...

Ponto de Interrogação disse...

:-) rsrsrsrsrsrsrs!

Vírgula disse...

Bê e Ponto..., tudo de rajada.

Creio ter percebido (nestas coisas sou muito cuidadosa.)

Peço-vos desculpa por ter atropelado a questão-base, que me faz sentido, mas não todo.

Hoje sinto-me aqui a mais porque o meu estilo de conversa tende para o "psicológico" e não para o "sociológico", o que faz de mim uma pessoa altamente ignorante e emotiva, dialecticamente falando (perdão pela redundância), e não só. Talvez por isso tenha uma simpatia especial por psis.

Não concordo contigo, Bê. Quanto a mim, a fidelidade é, para muita gente, um conceito que tem a ver com a afectividade.

Agradeço a vossa simpatia mas declino essa coisa da presidência.

Quanto ao almoço, como nunca sei se estás a falar a sério ou a brincar, aqui vai: se foi mais uma brincadeira, está tudo bem - cada um comeu onde tinha que comer; se era a sério, temos pena; o Páteo não fica muito longe do sítio onde trabalho; podemos combinar outro dia.

Bjs. :))))

Bartolomeu disse...

Com assuntos gastronómicos, não se brinca, minha amiga. Claro que era a sério!
E posso adiantar-te que as sardinhas estávam divinais!
Fica então para a próxima...

Ponto de Interrogação disse...

Vírgula da minha vida,

Permite-me esclarecer algumas coisas:

1.º Não creio que tenhas atropelado o que quer que seja.

2.º Para além de concordar com o teu 'estilo de conversa', para mim, não estás nem nunca estarás a mais. Considero que tudo o que dizes é pertinente, incluindo os teus SILÊNCIOS. Já te conheço um bocadinho.

3.º Este conceito de que falámos e de que só ouvi falar num contexto da vivência dos primatas, é uma realidade como outra qualquer. Para mim, as coisas não são assim tão lineares e o sexo, a sociabilização e a sobrevivência ou subsistência diferem abissalmente da vivência nómada de todos os outros seres vivos.

Existem, acho eu, demasiadas condicionantes. Por isso falei das emoções HUMANAS, que considero igualmente importantes e, em alguns casos, mais relevantes.

O conhecimento dá-nos maior responsabilidade e, metaforicamente falando, o facto da Eva ter comido a maçã, deu, em meu entender, e a partir dessa altura, sentido e significado às coisas, se tivermos em conta que a mesma simboliza o conhecimento e o discernimento entre o bem e o mal e por aí fora.

O que quero dizer com tudo isto, é que, à tua semelhança, também acho que percebi mas não estou totalmente de acordo com este conceito de 'sociedade'.

Acho que, pelo menos hoje, somos mais do que isso ou teríamos obrigação de o ser.

Fidelidade: para mim tem a ver com respeito, honestidade e, sim, afectividade para com o outro, tendo em conta tudo o que lhe está implícito. O mais importante é que eu acho que o Bartolomeu ainda não respondeu à pergunta. Ou melhor, respondeu 'desrespondendo'... :-)

Peço desculpa peço relambório. Hoje não digo mais nada.

Jitos e abraços!

Vírgula disse...

Relambório lido e compreendido: as sardinhas estavam divinais!, imagina.

Ponto de Interrogação disse...

Pois... Assim se 'desresponde'... :-)

Era isso que querias dizer em relação às sardinhas n'era?