segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Obrigada, pessoal do bodyboard!

Mea culpa. Nunca tive pachorra para tomar banho em praias com gente que faz surf ou bodyboard. Penso sempre que levo com uma prancha em cima.

Aconteceu o mesmo no sábado.

Tendo passado férias, durante cerca de 20 anos, desde os meus 16 meses, na praia do Magoito, considerei, o mais presunçosamente possível, que estava preparada para qualquer tipo de maré, calma ou turbulenta.

Quando entro no mar, analiso-o antes. Ondas grandes e fortes e várias correntes. Fui andando e mergulhando.

Não sei quanto tempo estive nesta brincadeira mas, às tantas, senti-me cansada e resolvi sair. Tentei recuar e não consegui. Olhei para a praia e estava muitíssimo mais longe do que pensara.

Tentei o auxílio das ondas mas percebi que as correntes não me deixavam recuar e senti-me empurrada para dentro. Deixei de conseguir mexer-me tal era a exaustão.

Detesto incomodar. Por vezes, passo na vida em bicos dos pés para não darem por mim. E, olhando para o banheiro lá ao fundo, fiquei indecisa: “será caso para o chamar? ainda não. tenta.”

De repente, ouço uma voz. “Não se preocupe. Eu vou ajudá-la. Agarre-se à prancha.” Um menino do bodyboard. Os outros quatro colegas dele juntaram-se atrás de nós.

Levou-me até à praia. Nem a rebentação inicial aguentava e caí. Estive sentada a tentar recuperar forças.

O Ponto…, mais cautelosa do que eu, estava à beirinha e ajudou-me. Mas percebi-a mais ansiosa do que eu.

A minha preocupação ia para a figura ridícula que fizera…

Tomei mais dois banhos. Não disse já aqui que era destemida? No entanto, com muito cuidado.

Obrigada, pessoal!

Não morreria afogada certamente mas deram-me um consolo indizível.

No meu próximo regresso à praia procurá-los-ei para tomar banho descansada.

Mesmo que leve com uma prancha em cima. Perdoados desde já.

3 comentários:

Anónimo disse...

E ???????? É mesmo verdade ?

Que sorte estarem presentes os rapazinhos do Bodyboard.

E o Ponto ? Não lhe deu nenhum ataque de coração?

Cuidado! Muito boa gente tem desaparecido nas praias da Costa.
Por incúria ou qualquer outro motivo, este ano já foram vários.
Nada de correr riscos desnecessários. O mar não perdoa e os nossos corações sofrem, só de pensar no que pode acontecer.

Um beijo grande da
Mana

Vírgula disse...

Querida, queridíssima Mana, os meus pais não sabem.

Como não se interessam pelo blogue, estive à vontade a escrever o que, de facto, aconteceu.

O Ponto não levou lentes de contacto e tinha tirado os óculos quando fomos para o mar.

Resultado: julgou que eu estava a fazer 'social' com os rapazes...

Realmente, quando se apercebeu, ia-lhe dando um ataque. Mas tentei acalmá-la.

Por favor, não se preocupe. Ela é de um cuidado extremo. Tem muito respeito pelos caprichos da natureza.

Como ela diz, eu é que sou um verdadeiro peixinho.

Abraço, abraço, abraço!!!!

Ponto de Interrogação disse...

A verdade é que o Ponto de Interrogação nesse dia transformou-se num autêntico ponto de exclamação. Só duas coisas me fizeram não me atirar para a água: o facto de ver tão bem como uma toupeira e o depois ter percebido que, de facto, as 'pranchas' foram providenciais. De tal forma que vou comprar uma para o caso disto voltar a acontecer eu dar com ela na cabeça da minha querida Vírgula. Ia tendo um ataque cardíaco sim senhora, de tal maneira que só de recordar fico ansiosa. Mas enfim... Já passou. Prefiro, neste caso, pecar por excesso do que por defeito.
Beijinhos pás minhas miúdas! :-)