sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Noémia

Noémia,

Nome que deriva do hebraico e significa flor de beleza. Nome que reflecte um sentimento relacionado com a compreensão e a preocupação pelos mais necessitados. Diz-se que o lema destas mulheres é a solidariedade para com quem sofre os danos infligidos pelos seus semelhantes. Para elas, a ternura deve presidir a toda a relação amorosa entre pessoas.

Para mim, Noémia, é e será sempre sinónimo de amor maternal, qualquer que seja a sua forma.

Há resquícios que, a menos que a lucidez me falte, me ficarão eternamente colados na memória da alma. O melhor de tudo, é saber que, muitos deles, ainda hão-de acontecer. É, no entanto, da infância feliz que falo neste momento. Da presença, da ternura, do carinho, do abrigo, do afago, da confiança, da responsabilidade e da liberdade.

Lembro-me de quando, uma vez, te zangaste comigo porque, à frente de uma (suposta) amiga minha, ousei ser mal-educada. Pousaste rudemente a mão na minha cara. Estagnei. Fui para a escola e, no fim desse dia, quando cheguei, tinhas-me comprado um boneco. Passaste-me, no entanto, a mensagem de que o meu comportamento tinha sido, não só incorrecto como injusto. Percebi e interiorizei. Agarrei na bicicleta, pendurei o boneco no guiador e fui, feliz e contente, exibi-lo por sentir que, uma vez mais, estávamos reconciliadas. Tinha 11 anos. Entre muitas outras coisas, é assim que te vejo: como um elemento conciliador que faz os possíveis por ultrapassar as maiores mágoas. A definição assenta-te. Só gostava que desses tanto a ti como dás aos outros.

Noémia está-me gravado na alma, no coração e nas entranhas.

Tudo isto para te dizer e redizer que, de facto, gosto muito de ti!


10 comentários:

isabel disse...

?

gostei muito deste post, mas já não tenho tempo para comentar, sorry :(

volto depois quando puder ~~

Bartolomeu disse...

Boa reflexão, de um ponto de interrogação... sem quaisquer pontos de interrogação!
Noemí, é um nome de origem hebraica que significa “delícia, doçura”, será que a filha herdou os mesmos doces genes?
;)))

isabel disse...

Ora bem, sem querer entrar em conceitos filosóficos, arriscando-me ao rótulo de bufeira :)

eu acho que amor, não é amor, se não tiver qualquer coisa de maternal/paternal ~~

não me perguntem porquê :) que não tenho tempo para grandes divagações ~~

acho, e pronto :))

SEM TERNURA NÃO HÁ AMOR seja de que natureza for ! Estou mil por cento :) de acordo ~~

Bartolomeu disse...

Só tenho uma palavra para ti Zabelinha: és uma ternura querida!
Afinal eram 4... esta coisa da idade é tramada, já nem consigo contar como deve ser...
;)))

isabel disse...

Que 4 :-) Bart ? 'tou a leste ~~

tereza disse...

@isabel não o acorde rsrsr quatro cacilheiros e um rio para atravessar é muita coisa para um só Bart rsrsrs

Anónimo disse...

Minha Querida,

Só agora entrei no vosso blogue e li o teu post.

Obrigada por me veres assim.
Não me parece que eu seja tudo isto. De qualquer modo, vou continuar a ser como até aqui.

às vezes bem queria mudar, mas não consigo,e julgo que agora já é tarde.

Um beijo muito grande
Mãe

Ponto de Interrogação disse...

Bart, obrigada pelas tuas doces palavras :) Já percebeste, concerteza, que de doce não tenho muito. Mas por vezes sei ser bastante dócil. :)

Isabel,

Penso que levantaste uma questão muito pertinente. Concordo contigo: acho que sem ternura não existe amor. Mas também acho que sem alguma espécie de amor não existe ternura. E, sim, deixaste-me a pensar mas também acho que está sempre implícito um sentimento maternalista ou paternalista. Nós temos muito a tendência para cuidar dos outros.

Gostei! :)

Ponto de Interrogação disse...

Querida mãe,

Ainda bem que gostaste. Apetecia-me muito escrever algo a teu respeito e, apesar de longe do que merecerias, fi-lo com muita ternura :)

Milhões de beijinhos!

Bartolomeu disse...

tás de parabéns, pontinha de interrogação, pela mãe que te deu o ser! deve ser essa a fonte de gente que te faz ser da forma que te imagino!