quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Palavra do Dia

Inquerideira

- Oh sua besta venha cá p´ra lhe apertar a carga com uma corda.

- Uou, uou, uou. Põe-te mansa, pá. Vai mas é dar coices ao teu pai.

- Xico, o que é que se está a passar?

- É esta estúpida que não pára de dar pinotes. Olha, olha a gaja… agora quer morder-me. ‘Tá parva de todo. Cavalgadura d’um raio.

Gritando-lhe ao ouvido.

- Alimária lerda!!!!

- Xico…

Impaciente, atira com as palavras.

- O qu’é, pá?

- Tira o banco de palha da cabeça!

6 comentários:

Bartolomeu disse...

O amigo de um amigo, tem um amigo que lhe contou o caso de um amigo, cujo amigo é primo do irmão de um amigo, casado com cunhada da irmã de um amigo da mulher do meu amigo que um dia lhe contou, ter tido um amigo originário da província, com o qual prestou serviço militar obrigatório.
Esse amigo do meu amigo, amigo da mulher de um amigo, irmã da cunhada de um...
Hããã?
Vou... se eu quiser, não porque tu me mandas, oraaaa!
Bom... esse amigo do... pronto, está bem, eu desenvolvo... irra!
Bom, o tal gajo que era da província antes de vir cumprir o serviço militar, ajudava nos trabalhos agrículas e, todos os dias, ía para o campo levando uma burra e a respectiva carroça.
Talvez devido à perspectiva da asinina traseira, ou à fervência sanguínea do mancebo, ou à concorrência de ambas, muito cedo a burrica assumiu o alto cargo de parceira sexual do moço.
A tragédia deu-se, quando da vinda do mancebo para assentar praça, passou a ser o pai a conduzir a burra para a fazenda. Chegando ao ponto do caminho, onde diáriamente ocorria o fenómeno de transmutação e a burra encarnava o corpo de mulher, no imaginário pueril do moço, o animal estancou e nem à força de cacete arredou pé.
Na primeira visita a casa, o pobre pai, ainda intrigadíssimo, relatou ao filho o sucedido com a burrinha, perguntando-lhe se ele achava explicação para tal fenómeno.
Respondeu-lhe o praça, um tanto encabulado e aos tropeções nas palavras; Sabe meu pai... é que um dia estava uma grande cobra atravessada no caminho e a burra quando chega ali, para com medo.
Se a cobra era realmente grande, ou não, não se sabe, no entanto, que a burra viu uma cobra, parece ser inegável. Mas... pela reacção da bichinha, nasceu ali na curva do caminho, uma forte amizade entre burra e cobra... uma amizade para toda a vida.
Isto sim... é que é uma coisa linda de se ver!

Vírgula disse...

Oh, meu amigo, estás no teu melhor. Esse teu sentido de humor é invejável.

Mas temos aí um plagiozito do Ferreira de Castro, ou não?

Bartolomeu disse...

Nem sei quem é esse gajo...

Vírgula disse...

Ah, claro, desculpa. É um dos moçoilos da cadeia de amigos - o que é casado com a cunhada da irmã de um amigo da mulher do teu amigo...

Bartolomeu disse...

Desde que não tenha montado a burra do amigo da cunhada do irmão do amigo, do meu amigo... tudo bem!

Vírgula disse...

Não, não. É outro. Esse tem vertigens.