sexta-feira, 4 de junho de 2010

... Interlúdio...


Silêncio é a chave...
O silêncio entre notas...
Quando esse silêncio o envolve...
Estará só,
estará em paz,
então a sua alma cantará.


Já há algum tempo que pretendemos fazer uma homenagem a um dos nossos grandes amores: a música! A este nível, e apesar de não termos sido, até agora, muito variadas, consideramo-nos eclécticas. Hoje, decidimos fazer referência a um dos maiores compositores de todos os tempos. Um génio de ontem, de hoje e de sempre.

Ludwig van Beethoven é considerado um dos pilares da música ocidental, pelo incontestável desenvolvimento, tanto da linguagem, como do conteúdo musical demonstrado nas suas obras, permanecendo como um dos compositores mais respeitados e mais influentes de todos os tempos. "O resumo da sua obra é a liberdade," observou o crítico alemão Paul Bekker (1882-1937), "a liberdade política, a liberdade artística do indivíduo, a sua liberdade de escolha, de credo e a liberdade individual em todos os aspectos da vida".

Aos 26 anos de idade foi-lhe diagnosticada a congestão dos centros auditivos internos – estava a ficar surdo. Transtornado, isolou-se e entregou-se a uma devastadora depressão. Desesperado, entrou numa profunda crise e pensou em suicidar-se.

Aos 46 anos perdera completamente o seu bem mais precioso: a audição.

Ficou-lhe, no entanto, algo a que muito poucos seres humanos sabem dar voz: a sua essência. E a música era a sua essência.

Entre 1822 e 1824 (três anos antes da sua morte), Beethoven compôs aquela que é considerada a sua maior obra-prima e uma das maiores de sempre: a Sinfonia n.º 9 em ré menor, que ficou mais conhecida por Ode à Alegria. Uma adaptação do poema de Friedrich Schiller, feita pelo próprio Ludwig van Beethoven:


Alegria bebem todos os seres
No seio da Natureza:
Todos os bons, todos os maus,
Seguem seu rastro de rosas.
Ela nos deu beijos e vinho e
Um amigo leal até à morte;
Deu força para a vida aos mais humildes
E ao querubim que se ergue diante de Deus!


Porque consideramos admirável a obra, a vida e todo o legado deixado por este homem que disse que a música é o idioma de Deus, não poderíamos deixar de render a essa extraordinária figura, bem como à música, a nossa humilde homenagem.

O vídeo que aqui deixamos, é um excerto do filme Corrigindo Beethoven, magistralmente interpretado pelo actor Ed Harris, em que o compositor apresenta a sua 9ª Sinfonia.

A surpresa do público ao ouvir o coro deve-se ao facto de, pela primeira vez, ter sido inserido um coral num movimento de uma sinfonia.

Se o paraíso é assim, nós acreditamos que ele existe!

(Pedimos desculpa pela pouca qualidade do vídeo, mas é muito grande e existem limitações. Aconselhamo-vos, no entanto, a ver o filme.)

E agora a música muda para sempre...





9 comentários:

Anónimo disse...

SIMPLESMENTE GENIAL !

NÃO SÓ A INTERPRETAÇÃO DO ACTOR NESTE FILME (QUE EU TIVE OPORTUNIDADE DE VER), COMO A IDEIA DE O COLOCAREM NO VOSSO BLOG.

L I N D O !...

É PARA CONTINUAR E NÃO SÓ COM BEETHOVEN .

BEIJOS PARA AS BOIADEIRAS.

Vírgula disse...

Minha querida Mana, leitora fidelíssima, as Boiadeiras enviam-lhe um abraço enorme pelo incentivo que sempre nos dá. OBRIGADA!

Pirolito disse...

Absolutamente genial!
Acho esta vossa ideia magnífica e é um privilégio poder passar 12 minutos com estas imagens (menos boas... não interessa para nada).
Pessoalmente prefiro W. A. Mozart e J. S. Bach, mas porque, gostava de esclarecer, sou demasiado básico para conseguir apreender a magnitude do trabalho de Beethoven.
Muitos parabéns e obrigado por este arrepio às 2,30 da manhã.

As Boiadeiras disse...

Pirolito, muito obrigada pelo teu feedback que sabe sempre bem como tu sabes...

A Vírgula exigiu que eu dissesse que a ideia tinha sido minha. A verdade é esta: como más funcionárias públicas que somos, gostamos muito de dar crédito aos outros.

Este blogue foi criado com um espírito de cooperação, cumplicidade e partilha. O Interlúdio é e será sempre um desses muitos momentos.

Este post foi, por isso, uma ideia partilhada, discutida e apreciada em conjunto.

Por todos estes motivos, tomo a liberdade de agradecer em nome das Boiadeiras, já que, como má funcionária pública que é, a Vírgula agora tem menos tempo para se coçar... :-)

Jitos!

Pirolito disse...

Essa "vírgula" anda-me mas é a sair um bom "ponto e vírgula".
Saudações gramático-bloguísticas.
PS: E não me contrariem porque eu não jogo com o baralho todo!

Pirolito disse...

E já agora que são ambas tão versadas em matéria de informática, formatem lá essa coisa da verificação de comentários que serve para evitar o spam. Ainda agora me obrigou a ter que fazer identificação dos seguintes caracteres: "eggg333hhdbvvbshgebbhesard". Ora isto parece um tailandês a tentar falar alemão com a boca cheia de batatas quentes.
Mas que trabalheira, hein???

Francisco disse...

Concordo com o que já foi dito: genial este post, assim como o protagonista do mesmo.

A música também é uma das minhas paixões e esta vossa ideia enriquece em muito este espaço.

Obrigado e até breve!

Vírgula disse...

Francisco,

Não deveria ser eu a responder a este seu comentário, pois, como já percebeu, a ideia foi do Ponto de Interrogação, que aceitei sem reservas e com muito contentamento.

Mas aproveito a oportunidade para lhe dizer: mil vezes OBRIGADA!

Li, numa resposta a um 'post´do Ponto... que não é seu hábito nem tem tempo para estas lides.

Para além das razões já enunciadas, por isto valorizo ainda mais a sua memorável visita.

Sempre que puder ou quiser, contamos consigo.

Desejo-lhe as maiores felicidades!

Até sempre! Espero e desejo que seja em breve!

Mais um abraço!

Ponto de Interrogação disse...

Faço minhas as palavras da Vírgula. Daí não fazer sentido apontar o dedo à autoria de um post. Esta arca de Noé é de ambas e de todos os que quiserem subir a bordo :-)

Um abraço também!