terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Broncas

Broncas. É o seu nome.

Eu sei. É um nome já de si muito sui generis, e ainda mais para um pequeno anjo intemporal de quatro patas. Um autêntico boneco de peluche com a diferença de que respira, sente e pensa.

Sim… Acredito que os cães pensam. Assim como os gatos, os cavalos, as galinhas, os golfinhos, as melgas e, entre toda a parafernália de seres vivos existentes, por vezes também o ser humano.

Eu, que tanta importância dou às palavras e aos conceitos, passei a dar um novo significado à palavra ‘Broncas’. Para mim significa doçura, inocência, pureza, generosidade, traquinice, afecto, sobrevivência e bolas… Muitas bolas! Milhões de bolas coloridas e saltitonas como no anúncio de uma marca muito conceituada e conhecida.

O Broncas é um dos seres que nos dá o imenso privilégio de sermos a sua família e de nos brindar com todas as características que descrevi e outras mais.

Um cão com o que de melhor existe em cada cão mas também em cada um de nós. O eterno namorado e protector da Lady – outro anjo que veio ao nosso encontro.

Desde que me lembro de existir, sempre tive amigos e familiares de quatro patas – como costumo designá-los. Amo profundamente todos os animais – os meus e os dos outros – e nunca chorei tanto por nada nem por ninguém como chorei pelo Putchi. Mas, apesar de ser ‘filho’ da minha irmã, creio que nunca estabeleci uma ligação tão grande como a que acredito ter com o Broncas. Na verdade, acho que ele é tão especial que todos nós temos com ele uma ligação igualmente especial. E a quem é especial também lhe é concedida essa ligação. É um verdadeiro companheiro.

Por isso, resolvi fazer-lhe aqui, hoje, a minha homenagem.

Aos olhos ‘namoradeiros’ e eternamente doces, às suas brincadeiras e rebeldias, à sua gulodice, e à sua maravilhosa e eterna existência que é sempre uma bênção.

A ti, Broncas, o eterno cão de peluche que respira, sente e pensa.


3 comentários:

Anónimo disse...

Melhor homenagem não poderá fazer-se. Tens razão. Desde as suas 5 semanas em que fomos buscá-lo ao canil que ele faz parte da nossa vida. E já lá vão quase 12 anos.
Tem sido um companheiro a quem amo muito, como amei o Putchi e como amo a Lady. Têm ambos sido a minha companhia de muitas horas e acompanhar-me-ão sempre. Quem diz que os animais não sentem, não sabe o que diz. São melhores que muitos humanos. Esperemos que o Broncas saia desta como tem conseguido sair doutras, até que chegue a sua hora.É um cão sobrevivente e lutador. Há-de conseguir com a nossa ajuda.

Vírgula disse...

Por motivos que não vêm ao caso, sempre tive medo de cães e nunca lhes dou confiança.

Quando, há já alguns anos, conheci o Broncas ele aproximou-se de mim, cheirou-me e colocou as patas dianteiras nas minhas pernas. Cativou-me desde logo fazendo ruir as minhas fronteiras.

Encontrarmo-nos implica um namoro pegado. Agora sou eu que lhe quero tocar, fazer festas, abraçá-lo, brincar e falar com ele, ficando sempre rendida com aquele olhar meigo e inteligente, com os caracóis castanhos-ruivos e o maxilar torto que lhe dá uma expressão risonha.

É o meu "principezinho canídeo" (sem desprimor para a Lady - de quem tenho medo mesmo!).

Um eterno menino, malandro e alegre, por mais idade que tenha, e que, sem pedir licença, entra coração dentro. Um ser eterno.

Anónimo disse...

Que bonita homenagem! Ainda hoje me lembro do Broncas bem pequenino, quando pela primeira vez me foi apresentado aquando a visita a minha casa. Parecia um boneco de peluche com uns olhos grandes, que mais pareciam duas azeitonas. Era muito saltitão e meiguinho. Para o Broncas, esteja ele onde estiver um grande "ão-ão" da Prima Irene!