Admito. Não gosto que me ofereçam flores.
Reconheço, claro, a elegância e a amabilidade do gesto.
Mas, maravilhosas quando passam de mãos, vejo-as entristecer na jarra, sucumbir e acabar no caixote do lixo, seu último destino a olho vivo.
De modo geral, dou-me mal com a efemeridade.
Da janela do meu gabinete, esquecendo os carros, deixo-me extasiar com as árvores, a relva aparada e rosas de variadas cores – uma sorte rara.
Plantadas e cuidadas, a sua existência é, muitas vezes, mais breve do que gostaríamos. Mas vivem os ciclos para que nasceram.
Esta protea rainha que roubei, perpetuada pela sensibilidade e pelo engenho do fotógrafo, é, para mim, como os amores do Vinícius.
Que não seja imortal, posto que é chama, mas infinita enquanto dure.
(Damos hoje início a uma nova rubrica com o título "Arte e palavras soltas" - conjunto de recordações/sensações/opiniões que algumas fotografias nos despertam. Jorge Branco, fotógrafo amador, já que a sua actividade principal nada tem a ver com esta área, deu-nos autorização para editarmos o seu trabalho. Apaixonadas pelas diversas vertentes artísticas, agradecemos-lhe este gesto de amizade, que contribui para os nossos objectivos de criação virtual e enobrece o Reticências...)
2 comentários:
Ézuma rapariga sheia de ssorte! Purque tenz o prevelégio de laburare num gabenete com viztas pra um zardim, com rrelva rozas e tudo, e tudo... e tudo!
Não testá a fasere falta um secretáirio?
Como vêz escrêvo corréctamente, poço sêr-te de gránde utlidade!
Tenho mesmo!!! Que alguma coisa corra bem, não é?
Qué-se dezer "(...) e tudo, e tudo... e tudo!"... tamém né bem açim.
Na tenho dubeda nenhuma que terás o prefil idial para secretáirio. E bem percizava. Mas a contenssão de custos não mo premite...
É justo? Cralo que não. Fraaaata deste país...
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