A jovem, decepcionada e carente, queixava-se.
- Os homens não prestam para nada. Hei-de ficar solteira a vida toda, vai ver.
A mãe, bracarense de gema, recorrendo, convicta e determinada, à sabedoria popular, não a deixou sem resposta.
- Filha, não te esqueças: cada tacho tem sempre uma tampa!
Ironizou.
- Oh, mãe, só pode estar a brincar comigo. E então aquela panela que não tem tampa porque não sabemos onde ela está metida?
Passaram vinte anos. A mãe morreu. A jovem transformou-se numa mulher de garra. Vive só - não encontrou companheiro.
Cozinha porque adora fazê-lo e a panela continua a existir e a ser utilizada.
A tampa, porém, mantém-se em local incerto.
5 comentários:
Pergunto-me onde andará a panela à procura da tampa... :)
... ;)
Nalgum sítio complicado porque não a encontra. Talvez ande no caminho da vida...
Outro abraço!
... nesse caso, encontrar-se-ão, concerteza, no seu percurso - nem que seja nos perdidos e achados ou num ferro velho :)
Há que não perder a esperança!
Retribuo mais um abraço...
Nesse caso, encontrar-se-ão, concerteza, no seu percurso de vida - nem que seja nos perdidos e achados ou no ferro velho :)
Há que não perder a esperança!
Retribuo outro abraço...
Yep :-). Tentemos não perder a esperança!
Enviar um comentário