Estava aqui a tentar escrever um textozito, quando senti uma necessidade obviamente fisiológica mas aflitiva de ir à casa de banho. Fui a correr e, assim que cheguei à porta das duas casas de banho colectivas do meu local de trabalho, eis que desatei imediatamente a resmungar mentalmente com a minha bexiga:
– Tinha que te dar vontade logo agora! Porque não antes do almoço? Agora já a malta comeu e veio despejar os intestinos!
Entrei e pensei:
– Bem… vou deixar de respirar enquanto mijo.
Mas depois percebi que, com a quantidade de água que tinha para verter, morria sem ar, antes de chegar ao fim.
Então recorri ao plano B:
– Vais respirar só pela boca!
E então lembrei-me que a toxicidade daquele ar era tão imensa que, se o fizesse, dois segundos depois já tinha morrido intoxicada ou saía de lá com uma taxa de radiação tão grande, que quando chegasse ao gabinete pensariam que os canos tinham rebentado e que a merda já chegava ali.
Quando dei por mim, já estava a lavar as mãos – graças a Deus! Ainda pensei que iria ficar com o cabelo a cheirar… àquilo, mas fui mais rápida que a velocidade da luz.
Respirei de alívio sem sequer me engasgar. Consegui sobreviver ao difícil e árduo desafio de ir a uma casa-de-banho semi-pública, com a maior das diplomacias.
Lembrei-me que, nisto, somos todos iguais. Ufa...!
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