Aconchegados, de luz apagada, prontos para dormir.
- Já sinto a tua falta só de saber que amanhã não estarás aqui comigo – disse-me, ensonado.
Beijei-lhe o braço que se estendia sob a minha cabeça. Afastou-me o cabelo e aproximou a boca da minha cara.
- Bom – acrescentou mais baixo –, mas até os siameses têm que ser separados para conseguirem sobreviver, não é?
Não, não é. Nem sempre resistem. Mas, ainda assim, deixei-me embalar e seduzir pela comparação e pelas palavras de afecto.
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